DIFERENÇA ENTRE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL E FERTILIZAÇÃO IN VITRO (FIV)

A palavra inseminação é muito utilizada como sinônimo de fertilização in vitro (FIV) nos meios de comunicação. Na realidade, a inseminação artificial engloba uma série de técnicas que objetivam atingir a gravidez colocando os espermatozoides mais próximo dos óvulos: intracervical, intraperitoneal, intratubária e intrauterina.

A inseminação artificial mais utilizada é a inseminação intrauterina. Nesta técnica coloca-se os melhores espermatozoides no interior do útero (Figura 1). Enquanto que na FIV coloca-se o embrião dentro do útero (Figura 2).

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Figura 1. Inseminação intrauterina

A inseminação intrauterina tem melhor resultado de mulheres até 35 anos, tubas uterinas normais e sêmen de boa qualidade. A paciente toma injeções de hormônios para crescimento de folículos ovarianos (estimulação ovariana) e controle ultrassonográfico, que é essencial. Não se deve fazer a inseminação intrauterina se a paciente tiver mais que 3-4 folículos, pelo risco de gravidez múltipla. Ente 10 a 12 dias do início da menstruação é administrado um hormônio para provocar a ovulação e neste dia é processado o sêmen (escolhido os melhores) e colocados no interior do útero com uma sonda. A taxa de gravidez é de 15% e o custo é bem menor que a FIV. Medicamentos via oral ou ciclo natural tem resultados inferiores. Apesar da taxa de gravidez não ser muito alta, a inseminação intrauterina é utilizada nos casos de bom prognóstico por 3 a 6 ciclos para melhorar a possibilidade de ocorrer a gravidez (taxa cumulativa de gravidez). Após este número de tentativas, tem que ser indicada a FIV.

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Figura 2. Fertilização in vitro (FIV)

Na FIV faz-se a estimulação ovariana mais vigorosa para produzir mais folículos. Mas, antes da ovulação realiza-se a retirada dos óvulos num laboratório de fertilização in vitro. Este laboratório deve ser completo para contemplar todas as técnicas de reprodução assistida, com sala de procedimentos cirúrgicos, laboratório de FIV, andrologia e criopreservação. No laboratório de FIV a paciente é sedada e com auxílio de um ultrassom transvaginal introduz-se uma agulha que perfura o ovário, aspirando-se os óvulos que se encontram no interior dos folículos.

Os óvulos obtidos são colocados junto com espermatozoides dentro de uma incubadora, ocorrendo a FIV. Mas, quando há risco de falha de fertilização (espermatozoides que não conseguem entrar dentro do óvulo), procede-se a injeção intracitoplasmática de espermatozoides no óvulo (ICSI).

Três a 5 dias após a fertilização em laboratório, o embrião é colocado no interior do útero da mulher com uma sonda. Devido ao risco de gravidez múltipla tem-se colocado até 2 embriões em mulheres até 35 anos, até 3 embriões em mulheres com 36 a 39 anos e até 4 embriões em mulheres com 40 ou mais anos. A taxa de gravidez é de 20 a 40%, podendo ser maior ou menor a depender do caso.

Conclui-se, que a inseminação artificial é uma técnica bem mais simples que a FIV e utilizada em pacientes mais jovens, pois consiste na simples colocação dos melhores espermatozoides no útero da mulher. A  fertilização in vitro – FIV mais complexa, mas com resultados melhores que a inseminação porque coloca-se o embrião dentro do útero.

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